Cuidar da saúde mental é uma responsabilidade de todos e passa por reconhecer e fortalecer a rede já presente em cada território. Para o TeleAPS, é tempo de relembrar a comemoração do Dia Mundial da Saúde Mental, em 10 de outubro, e a ação estratégica do modelo na territorialização da rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
O TeleAPS é uma solução de telessaúde que amplia o acesso à atenção primária. Ele integra o Programa Saúde Digital Paulista, por meio do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Saúde Digital (PDI Saúde Digital) da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo (SES-SP), em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).
Em junho, o modelo apoiou 36 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na ação estratégica de territorialização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), quando foram levantados os pontos de atenção psicossocial disponíveis em suas regiões como CAPS, ambulatórios especializados e outros serviços de apoio, além da construção de um mapa de referência da RAPS, uma rede que fortalece o cuidado em saúde mental.
Por que “territorialização”
Territorialização é o processo de mapear e organizar os recursos e serviços de saúde disponíveis em uma determinada área, sendo um dos pilares da Atenção Primária à Saúde.
Para oferecer cuidados à saúde mental, é preciso entender o território, conhecer os serviços disponíveis e construir caminhos para esse cuidado em rede.
No campo da saúde mental, territorializar a RAPS traz a necessidade das UBSs conhecerem os fluxos de encaminhamento e entenderem como direcionar os usuários, o que possibilita:
- Agilidade no processo de tomada de decisão;
- Maior integração entre a APS e a RAPS;
- Uso otimizado da rede de serviços locais;
- Fortalecimento do cuidado em rede, sustentado pelo apoio matricial e pela contrarreferência.
A RAPS mapeia:
- Serviços de Saúde Mental na região – CAPS, ambulatórios especializados, Unidades de Acolhimento e Serviços Residenciais Terapêuticos, leitos psiquiátricos em hospitais gerais e hospitais psiquiátricos;
- Apoios disponíveis na própria UBS – profissionais que realizam escuta, grupos e acolhimento; equipe do eMulti (psicólogo, psiquiatra, terapeuta ocupacional, entre outros profissionais);
- Ações de matriciamento com apoio especializado;
- Apoio intersetorial: CRAS e CREAS; Conselho Tutelar; ONGs, associações, oficinas e projetos culturais; abrigos, casas de acolhida e iniciativas sociais locais.
Ao configurar a RAPS, existe uma mudança na perspectiva da prestação de cuidados. A dificuldade para referenciar usuários pela falta de informações sobre a rede local, ausência de fluxos claros ou pouca articulação é substituída pela atuação em rede, por meio de uma ferramenta viva e funcional, que qualifica o cuidado, trazendo agilidade e atenção pertinentes. Também auxilia os profissionais, servindo igual ao POP (Procedimento Operacional Padrão), assegurando que o cuidado na saúde seja realizado da mesma maneira por qualquer profissional, aumentando a qualidade e uniformidade do processo.
Confira alguns exemplos das entregas
(Clique na imagem para ampliar)









