No dia 2 de dezembro, foi realizada a reunião de kickoff que marcou o início oficial do Projeto de Exames in Loco nas Unidades Prisionais (UPs) do estado de São Paulo. O encontro — momento destinado à definição dos pontos centrais do projeto e ao alinhamento das responsabilidades das equipes — deu partida às ações que visam ampliar o acesso à saúde e modernizar o atendimento no sistema prisional paulista.
Organizada pela TeleSAP — iniciativa que integra o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Saúde Digital (PDI Saúde Digital) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) — e pelo Instituto de Radiologia (InRad), a reunião contou com representantes das 18 unidades participantes dessa fase inicial, incluindo lideranças da SES-SP, da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP-SP) e chefias das Unidades de Execução Penal envolvidas.
A realização dos exames in loco representa um avanço significativo no cuidado à população privada de liberdade, ao ampliar o acesso a serviços diagnósticos diretamente nas Unidades de Execução Penal e fortalecer a integração com o modelo TeleSAP.
Essa estratégia garante a continuidade do cuidado, otimiza o fluxo de encaminhamento entre a atenção primária e secundária, aumenta a resolutividade dos atendimentos e reduz a necessidade de deslocamentos extramuros, contribuindo também para elevar a segurança ao minimizar movimentações externas. Além disso, promove a redução de custos operacionais por meio de processos mais eficientes e integrados, reforçando a importância dessa ação como parte de um modelo assistencial inovador, qualificado e centrado no cuidado contínuo.
A execução das atividades ficará a cargo do InRad, responsável pela realização técnica dos exames radiográficos da Prova de Conceito (PoC). A apresentação foi conduzida por Adriana Bertaccini, Diretora de Operações e Negócios do InRad, que destacou a importância do alinhamento entre as equipes para garantir eficiência e coordenação em todas as etapas. Na ocasião, foram detalhados o modelo de funcionamento, o fluxo de trabalho e o cronograma de execução.
As atividades começam em 3 de dezembro na unidade de Pinheiros, que reúne os Centros de Detenção Provisória (CDPs) I, II, III e IV. A escolha levou em conta o volume expressivo de exames previstos — 804 no total — e a viabilidade logística para a implantação inicial. Foram apresentados dois modelos de execução: no pátio do sol ou em consultórios e enfermarias das próprias unidades. Os exames serão realizados presencialmente pela equipe do InRad, que se deslocarão com os equipamentos necessários. Cada procedimento terá duração estimada entre 10 e 20 minutos.
Durante o encontro, também foram apresentadas as especificações do equipamento portátil de raio X que será utilizado. O aparelho tem capacidade para realizar até 50 exames por dia, totalizando cerca de mil por mês. As atividades ocorrerão de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O kit operacional, que cabe em uma mala, inclui equipamento radiográfico, placa de captura, EPIs, notebook, suporte e mala de transporte.
Essa iniciativa não é apenas inovação, ela redefine o padrão de atenção à saúde no sistema penitenciário de São Paulo.
Ao instalar diagnósticos in loco (como Raio X) nas unidades, o projeto contempla três frentes críticas:
- Cuidado Humanizado: acesso total e imediato à saúde.
- Segurança Máxima: redução drástica de riscos com movimentação externa de detentos.
- Eficiência Comprovada: otimização logística e economia operacional.
O resultado é claro: o TeleSAP não apenas entrega “Menos Risco, Mais Cuidado”, mas se consolida como um modelo viável de Saúde Digital para ambientes de segurança máxima.
A transformação é imediata.
