A fase de consolidação do projeto TeleUTI marca um novo avanço na integração entre tecnologia e cuidado intensivo. Esta etapa foi iniciada com a ativação dos primeiros Hospitais Centros Replicadores, que terão papel estratégico na disseminação do modelo e na construção de uma rede estendida de UTIs de excelência.
O objetivo é compartilhar conhecimento e padronizar práticas clínicas, fortalecendo a qualidade da assistência e a inovação no cuidado aos pacientes críticos. O modelo assistencial TeleUTI é uma solução de telessaúde que conecta especialistas em terapia intensiva a equipes dos hospitais participantes locais, por meio de teleinterconsultas e capacitações, proporcionando suporte especializado, protocolos clínicos e gestão otimizada de leitos de Unidades de Terapia Intensiva.
Os primeiros centros a iniciarem as atividades são: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (Unidade de Emergência).
As ações iniciais com esses hospitais foram fundamentais para o alinhamento técnico e operacional da fase de consolidação; entre as principais atividades, destacam-se:
- Realização de teleconsultorias voltadas à discussão de protocolos e indicadores entre o PDI e as equipes dos hospitais;
- Formação e estruturação das equipes locais, responsáveis pela condução das teleinterconsultas;
- Mapeamento da rede referenciada, identificando os hospitais que integrarão a nova fase do projeto;
- Estruturação e preparo dos hospitais da rede referenciada para participação nas atividades de teleconsultorias e teleinterconsultas conduzidas pelos Centros Replicadores.
Essas ações fortalecem a base colaborativa do projeto e asseguram que o conhecimento técnico e científico acumulado nas fases anteriores seja multiplicado de forma estruturada e sustentável.
Capacitação e desenvolvimento profissional
O avanço do modelo também vem acompanhado de ações de capacitação voltadas aos profissionais dos Centros Replicadores. Essas atividades têm como foco aprimorar processos, fortalecer a gestão e consolidar a cultura de Saúde Digital em Terapia Intensiva.
A primeira aula síncrona ocorreu em 24 de setembro, com o tema “Gestão, quais os requisitos para uma UTI?”, ministrada pelo Dr. Mário Dutra. O encontro marcou o início da jornada de compartilhamento de conhecimento entre especialistas, equipes técnicas e gestores hospitalares.
O Dr. Mário Dutra é médico especialista em Medicina Intensiva, possui MBA Executivo em Saúde e pós-graduação em Informática em Saúde e Data Science. Com mais de 20 anos de experiência em instituições nacionais de médio e grande porte, atua nas áreas de qualidade, segurança do paciente, inovação e análise de dados em saúde, com ampla expertise em gestão de pacientes críticos.
Construindo o futuro do cuidado intensivo digital
A consolidação do projeto representa um passo decisivo na construção de uma rede colaborativa de UTIs conectadas, que utiliza tecnologia e inteligência em saúde para qualificar o cuidado em todo o território paulista.
O TeleUTI é parte do Programa de Saúde Digital Paulista, por meio do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Saúde Digital (PDI Saúde Digital) uma iniciativa da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo (SES-SP), em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).
Ao fortalecer a integração entre hospitais de referência e unidades regionais, a iniciativa contribui para reduzir desigualdades no acesso à terapia intensiva, aprimorar protocolos assistenciais e garantir suporte clínico especializado em tempo real.




